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Mostrando postagens de setembro, 2017

Precisamos falar de suicídio

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Talvez você se identifique ou comece a compreender como funciona com as pessoas que tem limitações reais para continuar vivendo da maneira que viviam. A primeira paulada óbvia é que não, o mundo não vai parar porque você está doente. Os seus compromissos não irão continuar ali esperando o momento adequado para você resolve-los. Você vai perder diversos momentos importantes na sua vida e na vida de outras pessoas. Algumas pessoas vão se afastar de você, seja porque não sabem lidar com o seu problema, porque não querem lidar com o seu problema ou várias hipóteses que podemos formular. Você vai perder as coisas que até então tinham muita importância para você e que no mundo da sua imaginação você não poderia viver sem. No meu caso perdi o meu apartamento, meus moveis, minha vida naquele local que eu tanto sonhei, que eu pensei em cada objeto, cada quadro, cada almofada, que era o local que me trazia paz. Perdi, pois não tinha como eu morar sem vigilância 24 horas por dia e não ti

Precisamos falar de (in)sensibilidade médica.

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Lá estava eu depois de 3 dias sem entender nada, sem saber o que estava acontecendo com meu corpo, pois ele tremia, suava, ficava gelado e na minha mente centenas de coisas passavam ao mesmo tempo.  Eu não tinha mais controle algum sobre o meu corpo e menos ainda sobre a minha mente. Sempre tive um "medinho" de ir ao médico, e jamais na minha vida tinha passado pela minha cabeça que teria que me consultar com uma psiquiatra. Eu via o psiquiatra como algo que estava fora do meu mundo, que essa coisa de consulta psiquiátrica só acontecia quando alguém ia ser internado ou coisa do tipo. Mas lá estava eu subindo o elevador para chegar ao consultório de um psiquiatra e naqueles segundos enquanto o elevador subia eu pensava: 1 – Tem muita gente dentro desse elevador. 2 – Acho que vou ficar sem ar. 3 – Eles estão me olhando? 4 – Pelo menos cheguei a minha salvação e a psiquiatra vai conseguir acabar com isso tudo. Bom, nenhuma das coisas citadas acima estava re

Precisamos falar de TAG !!!

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O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) foi o primeiro diagnostico que recebi. Após a primeira crise, que ocorreu em uma sexta-feira, eu tive inúmeras crises no mesmo final de semana. Crises essas que no início tinham como características: -   Pânico , que me levava a ficar escondida em algum canto do quarto com a luz apagada e em posição fetal e em estado de extremo alerta, como se a qualquer momento alguém armado fosse entrar em meu quarto e me matar. Cada passo que eu escutava, cada voz que eu ouvia, cada segundo que passava e eu efetivamente não morria era de uma extrema tortura. - Ansiedade , que fazia o meu coração bater tão rápido que parecia que meu peito ia explodir, as minhas mãos ficavam dormentes e o meu corpo todo com sensação de formigamento. Nessas crises era bem difícil suportar esse número de emoções, porém o mais complicado da ansiedade era controlar os pensamentos extremamente acelerados. Para ser sincera eu sempre tive o pensamento um pouco a

Precisamos falar de...

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Eu ia começar o blog já falando de alguns assuntos que eu acho extremamente importantes e que com certeza eu vou trazer para o blog. Porém eu pensei rapidamente e achei melhor começar o blog me apresentando... Meu nome é Nathália e eu tinha uma vida relativamente “normal” até o início do ano de 2017. Mas para entender quem eu sou hoje é importante saber quem eu era antes. Nasci em São Paulo em 1991 e sempre tive a família muito próxima, quando eu falo família não falo da figura materna e paterna como em filmes bonitinhos, mas falo em uma família meio bagunçada, meio torta com ressignificações de papeis que são os “comuns” na nossa sociedade. E como uma família não muito tradicional brasileira, sempre mudamos muitas vezes e não só de casa ou de bairro, mas também de cidades, porém nossas raízes sempre foram paulistanas. Nessas idas e vindas da vida, no ano de 2010 quando eu tinha 18 anos acabei parando em Joinville- SC, onde iniciei minha graduação em História. No ú