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Mostrando postagens de outubro, 2017

Precisamos falar em desacelerar

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Sempre fui uma pessoa muito intensa e tinha orgulho em dizer coisas do tipo: “Comigo é 8 ou 80” “Ou é isso ou não é” “Fria ou quente, nada dessa coisa de morna” “Agora ou nunca” Na minha adolescência, quando fiz 14 anos, já comecei a trabalhar. Não pelos meus pais me obrigarem – na verdade, eles sempre deixaram claro que o meu estudo deveria estar acima de qualquer coisa –, mas porque era bem mais interessante eu conseguir meu dinheiro e já ter uma certa independência. Desde esse período eu já fazia o malabarismo de conciliar estudos com a responsabilidade de um emprego. Um pouco depois eu percebi que isso “fazia com que a sociedade me respeitasse”, a impressão era que eu estava fazendo o que era esperado de mim. Sai do ensino médio direto para uma graduação. No período da graduação continuei trabalhando para bancar meus estudos, no último ano eu já estava exausta, com o trabalho de conclusão do curso, trabalho, estagio e projetos. Foi nesse momento que tive meu p

Precisamos falar de Bipolaridade

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O nome bipolar não era um nome que me causava estranheza, pois quando era adolescente usava esse termo para me dirigir a minha irmã que cada momento do dia estava com um humor diferente. Por ironia do destino quem recebeu o diagnóstico de bipolaridade fui eu. Porém mesmo sem saber bem o que era bipolaridade na minha adolescência eu já tinha noção da ideia principal deste transtorno que é alteração do humor. Desde que comecei o acompanhamento com a psiquiatra, em meio a tantos distúrbios, o diagnóstico de bipolaridade sempre esteve presente. A bipolaridade atinge em média 2 milhões de pessoas por ano no Brasil e, de maneira mais bruta, significa um distúrbio associado a alterações de humor que vai da depressão à episódios de obsessão. Porém, na prática a bipolaridade não é tão simples como uma alteração de humor. Essa alteração de humor acontece de uma forma que interfere efetivamente na vida de pessoas que tem o contato com o transtorno diretamente e indiretamente. As a

Precisamos falar de saúde mental

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Durante meus 25 anos de vida já tinha conversado e lido alguma coisa sobre depressão ou ansiedade. Porém, até então, nunca tinha parado para pensar em saúde mental. Depois de inúmeros transtornos psíquicos, obviamente eu comecei a procurar mais sobre saúde mental ou sanidade mental. E observei que na maioria das definições esse termo é usado para definir o tipo de qualidade de vida cognitiva ou emocional e, enquanto pesquisava sobre, achei tão simples a definição perto da complexidade do assunto.   Como já falei em outras publicações, eu sempre me achei um pouco ansiosa, porém nunca dei muita importância pois pensava: quem não é ansioso hoje em dia? Porém, no ano de 2016 o meu corpo começou a dar alguns sinais de que minha saúde mental não ia bem. Óbvio que eu ignorei esses sinais, e acredito que por falta de conhecimento sobre o assunto. Esses sintomas giravam em torno de pálpebras tremendo em alguns momentos do dia, noites de insônia, palpitações no peito, dores de cabe